Ontem começávamos o ano de 2012.
Hoje estamos nos seus estertores. A diferença dessa situação é que ao longo do
ano nossas esperanças estavam renovadas e nossas agendas em todos os setores da
vida – afetiva, familiar, profissional e política – estavam marcadas pela convicção
de que alcançariamos o final do ano com todos os nossos projetos muito bem posicionados
para um começo entre novas propostas, novas agendas e o compromisso com o
sentimento de realização de que seguiriamos revigorados pelas vitórias
conquistadas.
Mas no balanço que estamos fazendo
desses quase 365 dias do ano, nos surpreendemos ao rever a agenda inicial e
descobrir que alguns dos itens listados não saíram da caderneta, enquanto
outros seguiram tranquilamente o seu curso, mas um outro tanto emergiu e teve
que ser solucionado imediatamento.
Se o balanço entre todos os
nossos projetos de um ano esteve acima da média do que esperávamos, creio que
podemos nos considerar vitoriosos. Se se equilibraram entre os ganhos e os
custos de não-realização também podemos estar satisfeitos/as porque poderemos não
só prosseguir na execução deles, mas poderemos agendar mais alguns dentro das
prioridades que elegermos enquanto pessoas humanas racionais. Mas, e se não
conseguimos realizar nenhuma das espectativas inscritas na nossa agenda, poderemos
nos considerar perdedores?
Este último caso é o mais
sofrido, pois aqueles de nós que não conseguem realizar todos os pontos
propostos para um ano de vida na agenda do tempo se sentem desesperançosos e se
convencem (além de serem convencidos por aqueles que contribuem para isso
instigando a reconhecer o tempo de perdas) de que são perdedores, submergem no desespero
e na falta de fé em si, deixam-se arrastar miseravelmente em meio às
festividades, mas, internamente, se consideram derrotados, moralmente afetados
em seu íntimo na comparação aos vencedores.
Este assunto sobre os tipos de
pessoas entre as quais às vezes estamos,
e suas expectativas de realização tomou muito fortemente minhas idéias
nesta madrugada de quase véspera de Natal, para entender as diferenças humanas.
Porque minha afinidade é com o tipo de pessoa que supostamente não conseguiu
realizar nada e se sente perdedor ou perdedora. Meu conceito sobre esse/a
irmão/ã ou sobre nós mesmos se estamos nessa condição é de que são/somos os
verdadeiros guerreiros visto que nem sempre lembramos o porquê deixamos de
fazer isso para fazer aquilo que não estava na agenda, mas conseguimos o
equilibrio para executar tantas situações novas que achamos que foram
empecilhos para a realização dos projetos. Mas esquecemos destas e supomos que “não
nada fizemos”.
Penso na vida, no amor, na
esperança, no porvir, nas expectativas de um novo ano a iniciar. Penso que se
torna, sem dúvida, uma necessidade um planejamento mínimo para começar, mas
penso também que se este recurso ficar no meio do caminho, devemos inscrever no
nosso caderninho no curso do tempo aquilo que se tornou prioridade no ano. Seguir
em frente com amor e esperança deve marcar nossa agenda maior neste ano de
2013. Feliz Natal e grande Ano Novo para todos nós.
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